quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012

De volta do sol, a caminho do frio

Às vezes esqueço do óbvio. O litoral norte é muito perto de São Paulo. Ok, o Rio de avião é mais perto ainda, mas às vezes queremos uma praia menos urbanizada.
Paúba é o máximo. Pequena, recortada, com a presença da maravilhosa Mata Atlântica.
Duas horas e meia de carro, e pra quem pode se dar ao luxo de viajar no contrafluxo, isso não é nada.
Uma vez um carioca, cujo nome esqueci, disse que São Paulo, como Minas Gerais, não tem praia. Ignorância em estado bruto. O litoral que começa na Barra do Una e termina lá por Picinguada e um colar de pedras, uma mais linda do que a outra.
Perto e fácil. Mas é preciso dizer que a Mogi-Bertioga é mal sinalizada de dar raiva. As placas, quando há, são no lugar errado, com dupla mensagem. Uma pessoa de outro estado, ou um motorista meio bocó deve ficar desesperado. Na ida, ainda vai, é meio que "pra baixo os santos ajudam". Na volta, são quilometros sem uma plaquinha, um posto de gasolina, um raio de informação. Quando sinalizam Rodovia Airton Senna já estamos quase. E tem uma conversão à esquerda que é um perigo duplo: de perder a saída e de cruzar um trecho onde os carros da outra pista descem com tudo.
Eu andava esquecida do quanto sou movida a energia solar. Será que consigo dar conta da promessa de ir mais à praia?
São as reflexões da tarde chuvosa enquanto coloco roupas de inverno na mala que em dois dias seguirá comigo para Londres. Já estive lá algumas vezes, mas algo me diz que dessa vez será demais.
Das tempestades de final de verão pra insuportável chuvinha inglesa: isso que é vida. 

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