sexta-feira, 13 de janeiro de 2012

Os cerros de Santiago e um zoológico bacán

Os guias de Santiago sempre sugerem a visita a dois cerros: Santa Lucia, em pleno centro, e San Cristobal. Este último foi cenário de algumas marcadas de minha parte em outras viagens. Uma vez, subi de funicular e resolvi descer caminhando -- não estava sozinha, ou infartaria. Só que ao invés de descer por onde subi, o que seria óbvio, fui andando meio a esmo, na confiança de que pra baixo os santos e a lei da gravidade sempre ajudam. Me perdi na trilha, e como só me restava continuar descendo, fui, até chegar num bairro lindo, chic, exclusivo e muito distante de onde tinhamos deixado o carro. Se um gringo fizesse isso na Tijuca eu o chamaria de mané. Pois é... e pra piorar começou a anoitecer. Nada aconteceu, mas foi uma longa hora de muito medo.
Anos depois, resolvi subir de teleférico. Só que era horrível, pequeno, alto, balançava muito e eu fiquei o trajeto todo de olhos fechados de medo. Soube que foi desativado, certamente meu temor não era apenas por conta da minha proverbial vertigem.
Agora fui apenas para conhecer o zoológico. Um zoo com vista pra cidade, isso é uma boa idéia!
As pessoas -- e eu me incluo -- têm a mania de levar criança pequena ao zoo. Idéia tola, pois os pequenos sentem calor, pedem colo, cansam de andar tanto...  Desta vez, fui com jovens ente 16 e 21, que adoraram me dar aulas. Sim, porque essa geração cresceu assistindo Discovery Channel, de modo que eles pareciam uma enciclopédia do mundo animal. E por isso mesmo aproveitaram muito.
Uma tarde esplêndida. Subimos de funicular e chegamos ao zoo. Pena o calor saariano, que derrubou quase todos os bichos. mas tem de tudo: cobra trocando de pele, urso de saco cheio, aves maravilhosas e pinguins bem humorados e exibidos. E aqueles que são, a meu ver, a perfeição da natureza: felinos de grande porte. Todos dormindo, entediados....
A descida pelo caminho certo é rápida e tranquila.
Abaixo, alguns bichos e a vista da cidade.





Chegar lá é fácil: metrô estação Baquedano e uma caminhadinha. Na descida (pelo caminho certo, claro), estamos em uma vizinhança deliciosa, cheia de verde e casas legais, inclusive uma onde morou Neruda.

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