terça-feira, 28 de junho de 2011

Sempre teremos Paris

A primeira vez que visitei Paris, fiz tudo que um turista tem direito. Passei um dia inteiro no Louvre, outro no d'Orsay, subi na torre (eu sempre subo, adoro). Não era nenhuma meinina, conheci a cidade com mais de 30 anos, mas foi inesquecível. Só que voltei, e voltei várias vezes em períodos que duraram de um dia (entre duas outras cidades, claro) a três meses (um pósdoc).
Então, se juntarmos a isso que é uma das cidades mais narradas do mundo, e há pelo menos um século e meio (acho que só perde pra Veneza), o que posso falar de Paris? O que posso contar da minha curta viagem do começo do mês?
Conto que vi a exposição do Manet. Manet, o inventor do moderno. Filas homéricas na porta no Museu d'Orsay; visitas guiadas detestáveis que ocupam de modo incômodo cada sala(caramba, e o resto dos mortais precisa esperar que os grupos terminem?); uma velhinha francesa cadeirante que dava bengaladas em quem ficasse entre ela e o quadro... tudo isso se esvaneceu quando entrei em uma sala e vi o Dejeneur sur l'herbe numa parede a a Olympia na outra.
Muito bem curada, estabelecendo as relações entre Manet e os salões, entre ele e Baudelaire, sua fase religiosa etc. E o gosto de ver tanta obra junta no mesmo lugar e hora. Quadros conhecidos, como os já citados seguidos por outros menos (ao menos para mim) como o de um menino soprando bolhas de sabão. Uma coisa. Imperdível.
Se dinheiro fosse capim ou se existisse teletransporte, eu voltaria a Paris só para ver de novo.
Mas isso é Paris, d'acc? Turistas chatos, velhinhas idem, museus cheios e mostras magníficas. Com horário de verão é melhor ainda, pois dá pra sair do museu e caminhar um pouco à beira do Sena.
Eu nem sabia que gostava tanto do Manet. Paris tem disso, me revela o que eu ainda não sei.
Se puder, se tiver a minima chance, vá lá: http://www.musee-orsay.fr/index.php?id=649&tx_ttnews[tt_news]=27127&no_cache=1

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