Lembro que minha irmã morou um tempo fora e quando voltou implicava com tudo em São Paulo. Como família não perdoa mesmo, logo a apelidamos de Odete Roitman, por conta da personagem impagável que Beatriz Segall interpretou na maravilhosa novela Vale Tudo de 1989 (que eu revi nas madrugadas da TV Viva).
Bom, sempre que viajamos voltamos com alguma comparação que é positiva pro lugar visitado: ai se tivéssemos os museus, as livrarias, os restaurantes, a segurança etc.
Ando tão zangada com alguns aspectos da minha cidade natal, que só penso em transporte. Razão disso: voltei pra São Paulo há quatro anos, depois de morar no interior, e escolhi residir ao lado de uma estação de metrô que estava quase pronta.... meu filho fez uma faculdade inteira e nada da estação avançar. Parece que o governo do estado faz transporte público cavando com uma colherinha, e bem devagar. E pra piorar tem gente que é contra metrô...
Nas raras vezes em que atravesso minha cidade de carro, é uma antevisão do inferno: o que pode ser pior do que um mar de carros, quase todos prateados, brilhando e parados numa grande avenida??
Penso nisso porque estou em Londres e ontem tive uma reunião de trabalho. Como era relativamente perto, fui caminhando. Outro, veio de metrô. O chefe da tribo também veio a pé, e uma colega chegou elegantemente de saia e botas pedalando uma bicicleta que poderia estar no MOMA na seção de design, de tão incrível. Reclamou que os ciclistas londrinos são muito velozes, mas que carros e ônibus respeitam. A bici era tão bonita que todos demos uma voltinha... ninguém resistiu. Fomos andando para um café, ela amarrou sua linda bike num poste e depois seguiu para seus afazeres. De minha parte, fiz o resto do meu dia entre o metrô e minhas pernas que gostam de caminhar.
Chego em casa, ligo o computador e uma ciclista foi atropelada na Avenida Paulista por conta de um ônibus que a fechou.
Uma Odete Roitman às avessas, é como eu me sinto hoje. Não quero viver numa cidade em que pedestre e ciclistas sejam cidadãos de segunda categoria. Quero transporte público bom e pedágio para automóveis.
Utopia? Nem um pouco. Quero o equivalente à imagem acima na Paulista, na Sumaré, na cidade toda.
A foto acima foi tirada em frente ao Museu de História Natural.
Bom, sempre que viajamos voltamos com alguma comparação que é positiva pro lugar visitado: ai se tivéssemos os museus, as livrarias, os restaurantes, a segurança etc.
Ando tão zangada com alguns aspectos da minha cidade natal, que só penso em transporte. Razão disso: voltei pra São Paulo há quatro anos, depois de morar no interior, e escolhi residir ao lado de uma estação de metrô que estava quase pronta.... meu filho fez uma faculdade inteira e nada da estação avançar. Parece que o governo do estado faz transporte público cavando com uma colherinha, e bem devagar. E pra piorar tem gente que é contra metrô...
Nas raras vezes em que atravesso minha cidade de carro, é uma antevisão do inferno: o que pode ser pior do que um mar de carros, quase todos prateados, brilhando e parados numa grande avenida??
Penso nisso porque estou em Londres e ontem tive uma reunião de trabalho. Como era relativamente perto, fui caminhando. Outro, veio de metrô. O chefe da tribo também veio a pé, e uma colega chegou elegantemente de saia e botas pedalando uma bicicleta que poderia estar no MOMA na seção de design, de tão incrível. Reclamou que os ciclistas londrinos são muito velozes, mas que carros e ônibus respeitam. A bici era tão bonita que todos demos uma voltinha... ninguém resistiu. Fomos andando para um café, ela amarrou sua linda bike num poste e depois seguiu para seus afazeres. De minha parte, fiz o resto do meu dia entre o metrô e minhas pernas que gostam de caminhar.
Chego em casa, ligo o computador e uma ciclista foi atropelada na Avenida Paulista por conta de um ônibus que a fechou.
Uma Odete Roitman às avessas, é como eu me sinto hoje. Não quero viver numa cidade em que pedestre e ciclistas sejam cidadãos de segunda categoria. Quero transporte público bom e pedágio para automóveis.
Utopia? Nem um pouco. Quero o equivalente à imagem acima na Paulista, na Sumaré, na cidade toda.
A foto acima foi tirada em frente ao Museu de História Natural.
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